sábado, 2 de abril de 2011


 

No dia 18 de Abril comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi criada em homenagem à Monteiro Lobato, pai da literatura infantil no Brasil.
Monteiro Lobato foi o primeiro autor brasileiro de literatura infantil, já que todos os livros infantis até aquele ponto eram traduzidos de outras linguas.
Com sua luta pela alfabetização ligada ao seu modo de vida e paixão pela "roça", criou uma das séries infantis mais famosas do mundo, o Sítio do Pica Pau Amarelo.
Com suas obras Monteiro Lobato conseguiu mostrar à todos que a literatura infantil podia ser ao mesmo tempo divertida, inteligente e principalmente educativa.

Em comemoração à data, há 6 indicações de livros que fizeram e farão da vida de muitas crianças uma visita ao mundo do aprendizado, de forma lúdica e divertida.

Reinações de Narizinho
A saga do Picapau Amarelo começa. Aparecem Narizinho, Pedrinho, Emília, o Visconde, Rabicó, Quindim, Nastácia, o Burro Falante... e o milagre do estilo de Monteiro Lobato vai tramando uma série infinita de cenas e aventuras, em que a realidade e a fantasia, tratadas pela sua poderosa imaginação, misturam-se de maneira inextrincável - tal qual se dá normalmente na cabeça das crianças. O encanto que as crianças encontram nestas histórias vem sobretudo disso: são como se elas próprias as estivessem compondo em sua imaginativa, e na língua que todos falamos nessa terra - não em nenhuma língua artificial e artificiosa, mais produto da "literatura" do que da espontaneidade natural (1931).

História do Mundo para as Crianças
Este livro de Monteiro Lobato teve uma aceitação excepcional. Nele o autor trata da evolução humana, e da história da humanidade no planeta, na organização clássica de todas as "histórias universais", mas escrita de modo extremamente atrativo, como um verdadeiro romance posto em linguagem infantil. As crianças lêem avidamente esse livro, como lêem as histórias da carochinha (1933).

Emília no País da Gramática e Aritmética da Emília
Temos aqui uma das obras-primas de Monteiro Lobato e o mais original de quantos livros se escreveram até hoje. Lobato representa a língua como uma cidade, a cidade da Gramática, e leva para lá o pessoalzinho do sítio, montado no rinoceronte. E é esse paciente paquiderme o gramático que tudo mostra e explica. Há a entrevista de Emília com o venerando Verbo Ser, que é pura criação. E a reforma ortográfica, que Emília opera à força, com o rinoceronte ali a seu lado para sustentar suas decisões, constitui um episódio que não só encanta as crianças pela fabulação como ensina as principais regras da ortografia. Na Aritmética da Emília, Monteiro Lobato usa do mesmo recurso e consegue, a partir de matéria tão árida como a aritmética, transformar o velho Trajano numa linda brincadeira no pomar. O quadro-negro em que faziam contas a giz era o couro do Quindim... (1934).

A Chave do Tamanho
Talvez o mais original dos livros de Monteiro Lobato. Emília, furiosa com a Segunda Guerra Mundial, resolve acabar com ela. Como? Indo à Casa das Chaves, lá nos confins do mundo, e "virando" a Chave da Guerra. Mas comete um erro e em vez da Chave da Guerra vira a Chave do Tamanho, isto é, a chave que regula o tamanho das criaturas humanas. Em conseqüência, subitamente, todas as criaturas humanas do mundo inteiro "perdem o tamanho", ficam de dois, três centímetros de estatura - e Lobato conta o que se seguiu. Trata-se de um livro rigorosamente lógico, e que transmite às crianças o senso da relatividade de todas as coisas (1942).

Memórias da Emília e Peter Pan
Emília, a terrível Emília, resolve contar suas memórias, ditando-as ao Visconde de Sabugosa. Das memórias de Emília sai o episódio, tão vivo e interessante, da visita das crianças inglesas ao sítio de dona Benta, trazidas pelo velho almirante Brown. Vieram para conhecer o Anjinho de Asa Quebrada, que Emília descobriu na Via Láctea, durante a Viagem ao Céu. Emília conta tudo - o que houve e o que não houve; e vai dando as suas ideiasinhas sobre tudo - ou a sua filosofia, que muitas vezes faz dona Benta olhar para tia Nastácia, e murmurar: "Já viu, que diabinha?". Na segunda parte, "Peter Pan", dona Benta recebe o famoso livro de John Barrie e o lê à sua moda para as crianças. Durante a leitura, às vezes interrompida por cenas provocadas pelos meninos e sobretudo pela Emília, ocorre o caso do desaparecimento da sombra da tia Nastácia. Quem furtou a sombra da pobre negra? O Visconde é posto a investigar, e como é um excelente Sherlock, descobre tudo: artes da Emília... (1936).

Fonte sinopses: lobato.globo.com

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