quarta-feira, 22 de junho de 2011

BULLYING

Para saber mais

Por que um nome em inglês?
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Como verbo, quer dizer ameaçar, amedrontar, tiranizar, oprimir, intimidar, maltratar. O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, bullying era um mal a combater. Ainda não existe termo equivalente em português, mas alguns psicólogos e estudiosos do assunto o denominam “violência moral”, “vitimização” ou “maus tratos entre pares”, uma vez que se trata de um fenômeno de grupo em que a agressão acontece entre iguais – no caso, estudantes. Como é um assunto examinado criteriosamente há pouco tempo, cada país ainda precisa encontrar um vocábulo ou uma expressão, em sua própria língua, que tenha esse significado tão amplo.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/bullying-problema-merece-traducao-475045.shtml

Objetivos
Debater com os alunos sobre comportamento agressivo físico e moral.

Introdução
Todo dia, em praticamente todas as escolas do mundo, muitos alunos sofrem algum tipo de agressão física ou moral por serem gordinhos, usarem óculos com lentes grossas ou simplesmente porque dedicam algumas horas a mais que os outros aos estudos. Segundo uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro pela Abrapia, uma associação voltada para a infância e a adolescência, 40% dos entrevistados padecem com o bullying. Esse fenômeno, que começou a ser observado nos anos 1970, ainda não tem tradução para o nosso idioma, mas compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente. Num dos conjuntos de notas que compõem a seção Guia, VEJA lista uma série de sintomas diagnosticados por especialistas em vítimas do bullying. A reportagem também conta como algumas personalidades reagiam ao ser importunadas na juventude e anuncia a chegada da agressão ao mundo cibernético. De leitura obrigatória, os pequenos textos podem se transformar no fio condutor de uma reflexão sincera sobre como essa prática prejudica o desenvolvimento psíquico de crianças e adolescentes, derruba a auto-estima dos adultos e pode até levar ao suicídio.

Providencie cópias do quadro abaixo e distribua para a turma. Se possível, acesse com os jovens o site indicado no final deste plano e explore o Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre os Estudantes, desenvolvido pela Abrapia, e os resultados das pesquisas feitas sobre o tema em escolas do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.

Organize os alunos num círculo e oriente a leitura das notas de VEJA. Pergunte quem já foi alvo de implicâncias e perseguições de colegas na escola. Houve algum tipo de agressão física ou as ações se deram mais no campo moral, com a escolha de apelidos politicamente incorretos? Os jovens percebiam risadinhas, empurrões, fofocas ou a propagação de termos pejorativos como bola, rolha de poço, baleia, nerd, quatro-olhos etc.? Quem já recebeu mensagens difamatórias ou ameaçadoras no celular, no Orkut ou nos blogs pessoais? Provavelmente muitos dirão que já testemunharam "brincadeirinhas" do gênero, mas dificilmente admitirão que já as promoveram.

Para debater
Chame a atenção dos jovens para o fato de que o bullying, às vezes considerado normal por alguns pais e até por professores, está longe de ser inocente. Apesar de configurar prática comum entre crianças e adolescentes de países diferentes e fazer parte do cotidiano escolar em todas as épocas, deve ser constantemente evitado e combatido. Ressalte que uma das maiores preocupações dos estudiosos do assunto são os efeitos psicológicos que as agressões podem produzir nas vítimas. Leia com a classe o quadro abaixo e discuta o significado etimológico da expressão bullying. Então, peça que todos pensem numa possível tradução da palavra para o nosso idioma.

Destaque os sinais listados por VEJA em relação aos alvos da “brincadeira sem graça”. Lembre que daí podem advir problemas como depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, isolamento, fobias, evasão escolar, atitudes de autoflagelação e até suicídio. Os estudos produzidos pela Abrapia, inspirados nas pesquisas norueguesas dos anos 1970, por seu turno, mostram que as vítimas do bullying podem, no futuro, reproduzir a prática com outras pessoas – como os personagens da capa deste Guia e da ilustração.

Atividades
Proponha que os alunos colham depoimentos – se possível com auxílio de um gravador – de pais, tios, avós e outras pessoas de diferentes faixas etárias sobre as dificuldades de relacionamento que experimentaram durante o tempo de escola. Quais eram os apelidos mais comuns naquela época? Alguém foi às “vias de fato” com os colegas que criavam e apontavam defeitos nos outros? Certamente a garotada vai identificar casos diversos de pessoas que sofreram intimidações e agressões no passado. É importante que os depoentes contem de forma franca o que viveram e expliquem como superaram suas dores, a exemplo das personalidades ouvidas por VEJA no quadro “Eles Eram Alvo de Implicância”. Na semana seguinte, os jovens devem reunir o material obtido. O conjunto de narrativas dará a cada um a oportunidade de se identificar com os entrevistados e também de se colocar no lugar de quem é perseguido, achacado, discriminado, humilhado e ridicularizado ainda hoje. Depois peça que, divididos em pequenos grupos, os adolescentes aprofundem a questão e elaborem uma lista de ações para evitar o bullying na escola. As sugestões de cada equipe serão organizadas e apresentadas por meio de um grande painel para todo o colégio. Por fim, oriente a execução de textos dissertativos individuais sobre o fenômeno. Com a ajuda do professor de Língua Portuguesa, as redações podem ser avaliadas conforme a qualidade da argumentação e o nível de informação.

sábado, 4 de junho de 2011

Repense...

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal,
para que saibais como vos convém responder a cada um.”
Colossenses 4:6

domingo, 29 de maio de 2011

Para a turminha do Quinto Ano 2011.

Turminha do Quinto Ano 2011.

Reflexão!

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes
brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
( Paulo Freire )

Retornei...o pc estava na oficina.

Voltei! Postando para vocês.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dia da Terra!

Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...
Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado 
E quem não é tolo pode ver...
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...
Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra
 
22 de abril Dia da Terra!
Somos todos um!
Consciência planetária!
Vamos cuidar desta nave mãe.
A nossa casa! O nosso planeta!

We are all one [Captions] - Somos todos UM [legendas port-br]

domingo, 3 de abril de 2011

AMOR DE ÍNDIO - ROUPA NOVA

GABI PORAI #30 - Amor de Índio

Palavras que machucam - MeuArtigo Brasil Escola

Palavras que machucam - MeuArtigo Brasil Escola

O saci verdadeiro

Texto: Olívio Jekupé
Editora: EDUEL
ISBN: 8572163697
Ano: 2003
Nº de páginas: 48
Formato: 14 x 21
Regina Salamonde

Olívio Jekupé é brasileiro e índio, fiel às suas raízes. Engajado na causa indígena, escreve como representante de uma sociedade de tradição oral, sem escrita. Pertencente ao tronco Tupi-Guarani, como se sabe um dos mais impressionantes e bem documentados do Brasil, esforça-se para ser uma ponte entre o ser-índio e o ser-brasileiro. Bebe, desta maneira, nas fontes de uma narrativa que resiste à passagem de várias gerações com cultura marcada pelo misticismo, espiritualidade e desprendimento dos bens materiais. É, também, rica na habilidade com as palavras e tem um senso poético da vida, características estas que os fizeram sobreviver aos quinhentos anos de tragédia e colonialismo.
A novidade que O saci verdadeiro nos traz é a existência de um saci indígena, descoberta do autor em contatos freqüentes com os Guarani nas várias idas às aldeias do povo de sua avó, em sua busca para resgatar a ancestralidade.
É assim peculiar esta característica que só vem somar àquela já tão conhecida, fazendo com que o nosso moleque lendário seja um resultado de uma mistura afro-caipira-tupi-guarani.
Este elemento tipicamente brasileiro é fonte de estudo para alguns pesquisadores como Renato da Silva Queiroz, Luiz da Câmara Cascudo e Lydia Cabrera. Do trabalho deles construímos um personagem com espírito inventivo, malandro e coxo, que pode ser invisível ou estar em toda parte; prega peças, faz rir, é simpático e, no mais das vezes, não impõe medo. Fuma um cachimbo e usa uma carapuça vermelha na cabeça. Porém, segundo Lydia, a idéia mais divulgada é que o Saci é negro e vem da África. Já Cascudo nos diz que seu gorro vermelho e sua mão furada estão ligados ao folclore europeu, o que nos traz mais um elemento de mistura para o nosso perneta.
A obra resenhada tem duas histórias com narrativas bem simples com as características da oralidade. Os diálogos são ingênuos retratando o dia-a-dia de convivência da vida dos nativos em suas respectivas aldeias. A primeira nos conta a vida de Tupã-Mirim, um indiozinho que tem só um braço e, por isso, é discriminado em sua aldeia. Mais tarde, quando cresce e por ser obediente e amigo do Saci-Pererê, recebe dele um braço, encontra uma mulher que o ama e se impõe na comunidade.
A segunda, que leva o nome da obra, relata a vivência de um indiozinho chamado Karaí que, todos os dias, ouve contos de sua mãe. Porém a que mais gosta é a do Saci-Pererê. O interessante é que, no decorrer da narrativa, vamos constatar que o autor nos traz aí uma dicotomia: o saci negrinho pequeno que anda com um cachimbo, assustando as pessoas, com carapuça vermelha na cabeça e um outro, o “verdadeiro”... “de quem nossos antepassados sempre falaram”, que “é bom e só aparece para pessoas muito boas e que precisam de ajuda.”
Ao final, Olívio Jekupé lança a pergunta;
“_Quem estará certo? E o Saci é um índio ou um negro? ”
Deixo-a no ar. A leitura é fácil. A ilustração é quase inexistente. Rapidinho você saberá... se você o quiser.

Fonte: http://www.estacaodasletras.com.br/arquivos/letrafalante/voz_indio.html

sábado, 2 de abril de 2011

Foto Livro O Gato Felix Monteiro Lobato - Baixar Foto Livro O Gato Felix Monteiro Lobato - Download Foto Livro O Gato Felix Monteiro Lobato

Foto Livro O Gato Felix Monteiro Lobato - Baixar Foto Livro O Gato Felix Monteiro Lobato - Download Foto Livro O Gato Felix Monteiro Lobato

 

No dia 18 de Abril comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi criada em homenagem à Monteiro Lobato, pai da literatura infantil no Brasil.
Monteiro Lobato foi o primeiro autor brasileiro de literatura infantil, já que todos os livros infantis até aquele ponto eram traduzidos de outras linguas.
Com sua luta pela alfabetização ligada ao seu modo de vida e paixão pela "roça", criou uma das séries infantis mais famosas do mundo, o Sítio do Pica Pau Amarelo.
Com suas obras Monteiro Lobato conseguiu mostrar à todos que a literatura infantil podia ser ao mesmo tempo divertida, inteligente e principalmente educativa.

Em comemoração à data, há 6 indicações de livros que fizeram e farão da vida de muitas crianças uma visita ao mundo do aprendizado, de forma lúdica e divertida.

Reinações de Narizinho
A saga do Picapau Amarelo começa. Aparecem Narizinho, Pedrinho, Emília, o Visconde, Rabicó, Quindim, Nastácia, o Burro Falante... e o milagre do estilo de Monteiro Lobato vai tramando uma série infinita de cenas e aventuras, em que a realidade e a fantasia, tratadas pela sua poderosa imaginação, misturam-se de maneira inextrincável - tal qual se dá normalmente na cabeça das crianças. O encanto que as crianças encontram nestas histórias vem sobretudo disso: são como se elas próprias as estivessem compondo em sua imaginativa, e na língua que todos falamos nessa terra - não em nenhuma língua artificial e artificiosa, mais produto da "literatura" do que da espontaneidade natural (1931).

História do Mundo para as Crianças
Este livro de Monteiro Lobato teve uma aceitação excepcional. Nele o autor trata da evolução humana, e da história da humanidade no planeta, na organização clássica de todas as "histórias universais", mas escrita de modo extremamente atrativo, como um verdadeiro romance posto em linguagem infantil. As crianças lêem avidamente esse livro, como lêem as histórias da carochinha (1933).

Emília no País da Gramática e Aritmética da Emília
Temos aqui uma das obras-primas de Monteiro Lobato e o mais original de quantos livros se escreveram até hoje. Lobato representa a língua como uma cidade, a cidade da Gramática, e leva para lá o pessoalzinho do sítio, montado no rinoceronte. E é esse paciente paquiderme o gramático que tudo mostra e explica. Há a entrevista de Emília com o venerando Verbo Ser, que é pura criação. E a reforma ortográfica, que Emília opera à força, com o rinoceronte ali a seu lado para sustentar suas decisões, constitui um episódio que não só encanta as crianças pela fabulação como ensina as principais regras da ortografia. Na Aritmética da Emília, Monteiro Lobato usa do mesmo recurso e consegue, a partir de matéria tão árida como a aritmética, transformar o velho Trajano numa linda brincadeira no pomar. O quadro-negro em que faziam contas a giz era o couro do Quindim... (1934).

A Chave do Tamanho
Talvez o mais original dos livros de Monteiro Lobato. Emília, furiosa com a Segunda Guerra Mundial, resolve acabar com ela. Como? Indo à Casa das Chaves, lá nos confins do mundo, e "virando" a Chave da Guerra. Mas comete um erro e em vez da Chave da Guerra vira a Chave do Tamanho, isto é, a chave que regula o tamanho das criaturas humanas. Em conseqüência, subitamente, todas as criaturas humanas do mundo inteiro "perdem o tamanho", ficam de dois, três centímetros de estatura - e Lobato conta o que se seguiu. Trata-se de um livro rigorosamente lógico, e que transmite às crianças o senso da relatividade de todas as coisas (1942).

Memórias da Emília e Peter Pan
Emília, a terrível Emília, resolve contar suas memórias, ditando-as ao Visconde de Sabugosa. Das memórias de Emília sai o episódio, tão vivo e interessante, da visita das crianças inglesas ao sítio de dona Benta, trazidas pelo velho almirante Brown. Vieram para conhecer o Anjinho de Asa Quebrada, que Emília descobriu na Via Láctea, durante a Viagem ao Céu. Emília conta tudo - o que houve e o que não houve; e vai dando as suas ideiasinhas sobre tudo - ou a sua filosofia, que muitas vezes faz dona Benta olhar para tia Nastácia, e murmurar: "Já viu, que diabinha?". Na segunda parte, "Peter Pan", dona Benta recebe o famoso livro de John Barrie e o lê à sua moda para as crianças. Durante a leitura, às vezes interrompida por cenas provocadas pelos meninos e sobretudo pela Emília, ocorre o caso do desaparecimento da sombra da tia Nastácia. Quem furtou a sombra da pobre negra? O Visconde é posto a investigar, e como é um excelente Sherlock, descobre tudo: artes da Emília... (1936).

Fonte sinopses: lobato.globo.com

Arte de Ensinar.: Histórias no MAC. pequenoteatro: O príncipe-tartar...

Arte de Ensinar.: Histórias no MAC. pequenoteatro: O príncipe-tartar...: "Registrando as imagens Minha filha Gabi, curtindo a história... Minhas filhas Morgana e Gabi viajando com a história Flavio Souza ..."

segunda-feira, 21 de março de 2011

CRIANÇA GENIAL: Crônica: Tipo assim

CRIANÇA GENIAL: Crônica: Tipo assim: "Muito legal. Esta cronica é atribuída indevidamente a Luis Fernando Veríssimo. A autoria correta é de Kledir Ramil. Kledir Ramil é gaúcho, ..."

domingo, 13 de março de 2011

Histórias no MAC. pequenoteatro: O príncipe-tartaruga em 13 de março de 2011.

Registrando as imagens
Minha filha Gabi, curtindo a história...

Minhas filhas Morgana e Gabi viajando com a história
Flavio Souza


No Museu de Arte Contemporânea de Niterói, compartilhamos pela primeira vez  neste espaço da arte de contar histórias e voltaremos outros domingos no horário das 16h para prestigiar o talentoso e espetacular artista Flavio Souza.


Vale a pena conferir! Viajar! Imaginar! Sonhar! Sorrir! Passear por emoções! Sensibilizar os olhares das nossas crianças para o mundo!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pablo Nerruda

A Essência da Poesia
Não aprendi nos livros qualquer receita para a composição de um poema; e não deixarei impresso, por meu turno, nem sequer um conselho, modo ou estilo para que os novos poetas recebam de mim alguma gota de suposta sabedoria. Se narrei neste discurso alguns sucessos do passado, se revivi um nunca esquecido relato nesta ocasião e neste lugar tão diferentes do sucedido, é porque durante a minha vida encontrei sempre em alguma parte a asseveração necessária, a fórmula que me aguardava, não para se endurecer nas minhas palavras, mas para me explicar a mim próprio.
Encontrei, naquela longa jornada, as doses necessárias para a formação do poema. Ali me foram dadas as contribuições da terra e da alma. E penso que a poesia é uma acção passageira ou solene em que entram em doses medidas a solidão e solidariedade, o sentimento e a acção, a intimidade da própria pessoa, a intimidade do homem e a revelação secreta da Natureza. E penso com não menor fé que tudo se apoia - o homem e a sua sombra, o homem e a sua atitude, o homem e a sua poesia - numa comunidade cada vez mais extensa, num exercício que integrará para sempre em nós a realidade e os sonhos, pois assim os une e confunde.
E digo igualmente que não sei, depois de tantos anos, se aquelas lições que recebi ao cruzar um rio vertiginoso, ao dançar em torno do crânio de uma vaca, ao banhar os pés na água purificadora das mais elevadas regiões, digo que não sei se aquilo saía de mim mesmo para se comunicar depois a muitos outros seres ou era a mensagem que os outros homens me enviavam como exigência ou embrazamento. Não sei se aquilo o vivi ou escrevi, não sei se foram verdade ou poesia, transição ou eternidade, os versos que experimentei naquele momento, as experiências que cantei mais tarde.
De tudo aquilo, amigos, surge um ensinamento que o poeta deve aprender dos outros homens. Não há solidão inexpugnável. Todos os caminhos conduzem ao mesmo ponto: à comunicação do que somos. E é necessário atravessar a solidão e aspereza, a incomunicação e o silêncio para chegar ao recinto mágico em que podemos dançar com hesitação ou cantar com melancolia, mas nessa dança ou nessa canção acham-se consumados os mais antigos ritos da consciência; da consciência de serem homens e de acreditarem num destino comum.

Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer" (Discurso na entrega do Prémio Nobel)

Dia da Escola - 15 de março

Dia da Escola Já parou para pensar quanto tempo passamos na nossa escola? É isto mesmo, grande parte ou quem sabe até a maior parte do nosso dia.
Lá encontramos nossos amigos queridos com quem brincamos, conversamos e trocamos confidências. Nossos professores nos esperam todos os dias prontos para passarem um novo assunto. Além de transmitirem seus conhecimentos, nossos mestres também estão sempre prontos a nos aconselharem quando é necessário.
Enfim, a escola é como se fosse a nossa segunda casa, por isto é importante aproveitar esta data e tratá-la com carinho!
Aproveite para fazer algo de positivo como preparar um mural bem bonito ou arrumar e enfeitar o pátio para celebrar o dia da escola!

Dia da Poesia - 14 de março

Aos poetas...
Poesia é uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.
Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga.
Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Hoje é considerado o Dia Nacional da Poesia, pois foi nesta data que nasceu o grande poeta brasileiro Castro Alves.
Poeta romântico, Castro Alves morreu de tuberculose na capital baiana Salvador em 06 de julho de 1871, com apenas 24 anos.
Castro Alves escreveu obras clássicas como "Navio negreiro" e "Espumas flutuantes".

Dia do Bibliotecário - 12 de março

Comemora-se no dia 12 o Dia do Bibliotecário em homenagem ao engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre.
Ele nasceu no dia 12 de março de 1882 e, ao terminar o curso de Engenharia, em 1906, resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal.

Este encontro foi decisivo na sua vida, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com biblioteconomia.
Prestou concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro e se classificou em primeiro lugar, com o estudo sobre a Classificação Decimal.
Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, ao lado do Reitor da instituição, Professor Pedro Calmon de Sá.

tudo_bem_ser_diferente

Continuo buscando

“Continuo buscando, re-procurando. 
Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago.  Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.
Paulo Freire

JOTA QUEST Dias Melhores

quinta-feira, 10 de março de 2011

Somos seres inacabados...aprendemos todos os dias

                                                                                                                                                                                 Conduta de um pedagogo.
um ditado que diz “As palavras comovem e os exemplos se arrastam” 

A postura do professor (a) é fundamental, e deve ser condizente com a função que exerce. Temos que formar nos alunos o domínio da vontade. Temos hora para tudo na vida. Na vida real não fazemos tudo que queremos, a toda hora. Isto se chama disciplina. A disciplina na escola existe para que formemos no aluno a capacidade de domínio da vontade. Quem não domina as pequenas ações (vontades) não será capaz de dominar no futuro os seus impulsos. Não é só o professor, toda a comunidade da escola (diretor, supervisor, orientadores, secretárias (os), funcionários, serventes, proprietários da cantina da escola, etc.) toda escola tem que ter conduta formativa. Caso contrário, não estamos formando, mas deformando o aluno.Tratar os alunos com respeito e dentro das normas estabelecidas na escola e na disciplina que leciona. A fixação de normas de conduta dos alunos deve ser fixada no primeiro dia de aula. Essas normas têm de ser coerentes com a faixa etária e possíveis de serem cumpridas. Não se fazem normas que não poderão ser cumpridas (por serem rígidas demais). A escola deve ter normas gerais de conduta do aluno e do professor que devem ser seguidas por todos. Essas normas devem ser estudadas pela comunidade da escola para que possam ser cumpridas. É preferível poucas normas, mas que sejam efetivas. Normas que são fixadas sem o devido estudo e depois tiradas levam a crer que não tinham objetivos formativos bem delineados e discutidos pela comunidade da escola. O Professor não pode ter uma conduta na escola e outra fora dela. A sua conduta pessoal na escola e fora tem que ser a mesma. Educada, formativa. O nosso comportamento é ditado pela aprendizagem.A aprendizagem prevê mudança de comportamento. Se mudarmos nosso comportamento é porque temos a certeza absoluta da importância de tal atitude para a nossa vida, para a comunidade e para nossa família. O professor tem que saber o porquê da escolha da profissão. Ser professor requer: dedicação, atenção constante aos pontos formativos de nossa conduta, domínio da vontade para dar o exemplo, maturidade emocional, fundamentação pedagógica das atitudes que toma, respeito aos pontos discordantes, não esquecer as diferenças individuais, fazer do trabalho escolar uma unidade de ação e não uma uniformidade, etc.Evidentemente, não é fácil administrar uma comunidade escolar composta de professores, coordenadores, supervisores, pais, funcionários, alunos, cada um com um ponto de vista.. Por este motivo, existem nas escolas as semanas de planejamentos. Discute-se, trocam-se idéias, ponderam-se atitudes, etc. Todo planejamento deve ser flexível para que possa ser redirecionado, revisto etc.A nossa responsabilidade na formação do aluno é muito grande. Trabalhamos com crianças, adolescentes, adultos, isto requer uma compreensão clara da pessoa humana e as suas relações e interações com as outras pessoas.A postura do professor está relacionada com o seu envolvimento no processo educativo dentro e fora da escola.A escola quer formar cidadãos conscientes que sejam agentes de transformação social. Em relação, a Lei de Diretrizes e Base da educação nacional prevê que “a reflexão sobre as diversas faces das condutas humanas deve fazer parte dos objetivos maiores da escola comprometida com a formação da cidadania. Partindo dessa perspectiva e em relação ao tema ética, traz a proposta de que a escola realize um trabalho que possibilite o desenvolvimento de autonomia moral, condição para a reflexão da ética. Para isso, foram eleitos como eixos do trabalho, quatro blocos de conteúdo: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade, valores referenciados no princípio da dignidade do ser humano, um dos fundamentos da Constituição Brasileira”. Não obstante, nem só de liberdade vive a Ética.
Há outros pressupostos ou condições básicas para que professor exercite a ética docente:
 
*Inclinação do profissional para a necessidade da formação ampla e isenta. O professor precisa ter sempre presente que exerce uma função pública. Cabe-lhe ter sempre consciência de que qualquer exemplo, comentário, ideologia, ou análise atingirá o meio social. Omitir-se, distorcer, alterar ou mudar os fatos significarão prejudicar a sociedade.
 
*Culto à verdade. Não é fácil definir ou encontrar a verdade. Cada um possui a sua, e a verdade total ou integral não é o resultado das verdades individuais. Importa ao professor estar conscientemente convencido de possuir a verdade, para comunicá-la, mesmo sabendo das imensas possibilidades de erro..
 
*Honestidade. Para o exercício da ética é imprescindível ser honesto consigo mesmo e com a sociedade. Acreditar no que faz e não fazer porque dá status. Utilizar a educação para a satisfação de interesses, mesmo legítimos, significa ferir a ética.*Capacidade. Um professor incapaz não poderá ser ético. Mesmo sendo honesto e cultor da verdade, precisa possuir a inclinação para a profissão, o gosto pela leitura, razoável cabedal cultural e conhecer as linhas gerais dos principais temas em debate na sociedade.
 
*Julgamento próprio. No exercício da sua função o professor é um solitário quando executa sua função principal frente aos seus alunos. Tudo depende dele..
 
*Abertura ao debate. Os acontecimentos não podem ser reportados numa só mão. O professor está obrigado a questionar o que vê e ouve a dar a palavra aos contrários, sem fechar a questão. Uma tomada de posição implica em eleger valores, aceitar ou questionar normas, adotar uma ou outra atitude – e essas capacidades podem ser desenvolvidas por meio da aprendizagem. 

O professor está cada dia mais vulnerável frente a pais e alunos; constantemente julgado, pressionado, questionado em suas mínimas atitudes. Quando em julgamento deve-se lhe assegurar o mais amplo direito ao contraditório, apurar as circunstâncias em que o incidente se deu e, acima de tudo, protegê-lo, não do erro, mas do pré-julgamento.

*Aprimoramento constante. Sempre haverá o que aprender. Se um profissional se fecha no universo de suas fontes, seus conhecimentos e seu estilo acabarão encerrando o seu ciclo produtivo. Em nome da Ética e em consideração à sociedade que deve servir, precisa estar em dinâmica constante, ávido por descobrir novas realidades e compartilhá-las com colegas, nunca como detentor da última verdade. A discussão ética no trabalho vai necessariamente tomar outros rumos. A ética profissional deve alargar seus horizontes. Ser um bom profissional ainda não significa ser uma boa pessoa. O problema do trabalho não mais se restringe às questões da categoria profissional. A questão crucial é o trabalho no seu conjunto, onde as desigualdades sociais se aprofundam dia após dia
.Paulo Freire associa o conceito de ação ao conceito de compromisso. Segundo ele, compromisso é decisão lúcida e profunda do homem em usar sua capacidade de agir e refletir para se inserir criticamente no mundo numa atitude objetiva de compreensão da realidade, de luta para transpor os limites impostos pelo mundo, e atuando sobre ele, transformá-lo. Essa inserção crítica produz efeitos no exercício profissional que contribuem para o bem estar coletivo.
Qual seria, portanto, o papel do professor e como ele estaria enfrentando essa dualidade de trabalho que constrói e aliena?
 
O professor, segundo Luckesi (1994), é um ser humano construtor de si mesmo e da história através da ação, é determinado pelas condições e circunstâncias que o envolvem. É condicionado e condicionador da história. Tem um papel específico na relação pedagógica, que é a relação de docência. Na práxis pedagógica, o educador é aquele que, tendo adquirido o nível de cultura necessário para o desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e à aprendizagem. Ele assume o papel de mediador entre a cultura elaborada acumulada e em processo de acumulação pela humanidade, e o educando. Ele exerce o papel de um dos mediadores sociais entre o universal da sociedade e o particular do educando. Para tanto, o educador deve possuir algumas qualidades, tais como: compreensão da realidade para a qual trabalha comprometimento político, competência no campo teórico de conhecimento em que atua e competência técnico-profissional. A ação docente tem sentido e significado crítico, consciente e explícito. A alienação de seu trabalho ocorre quando ele ignora a realidade à sua volta, e reduz seu trabalho a uma rotina de sala de aula, cujo objetivo restringe-se à mera transmissão de informações, postura que não condiz com seu papel de educador.
Educar é segundo Freire (1979), completar, porque o homem é ser inacabado, que sabe disso e por isso se educa. O saber se faz através de uma superação constante, por isso não pode o professor se colocar na posição do ser superior que ensina um grupo de ignorantes, mas sim na posição humilde daquele que comunica um saber relativo (é preciso saber reconhecer quando os educando sabem mais e fazer com que eles também saibam com humildade)
Valéria Korik Franco - Pedagoga Especializada
Equilibre-se. 
Quando o desequilibrio lhe bate à porta, resista.
Quando a dor o visita, use a paciência.
Quando a paz lhe foge, busque a Deus. 
A qualquer hora, Deus está consigo, aperfeiçoando as suas aspirações e desejos. 
O poder infinito tudo dirige e penetra. 
O seu equilíbrio depende do seu ajuste aocomando de Deus. 
Trabalhe e produza. 
Siga avante.
Persista.

*Partes de mensagens do livro Sementes de Felicidade - Lourival Lopes"

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante a gentileza.
Atitudes gentis falam mais que mil imagens... Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante... Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda... é muito elegante... Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.

Adaptação de texto extraído do Livro: EDUCAÇÃO ENFERRUJA POR FALTA DE USO [pintor francês e deficiente físico, Henri TOULOUSE LAUTREC (1864-1901).

Escola lugar de compartilhar...

Se não amo o mundo, se não amo a vida, se
não amo os homens,
não me é possível o diálogo.

Não há, por outro lado, diálogo, se não há humildade.

A pronúncia do mundo, com que os homens o recriam
permanentemente, não pode ser um ato arrogante.

O diálogo, como um encontro dos homens para a
tarefa comum de saber agir, se rompe, se seus
pólos(ou um deles) perdem a humildade.

Como posso dialogar se alíneo a ignorância, isto é, se a vejo
sempre no outro,
nunca em mim?

Como posso dialogar, se me admiro como um homem
diferente, virtuoso por herança, diante dos outros,
meros "isto", em quem não reconheço outros eu?

Como posso dialogar, se me sinto participante de um gueto de
homens puros, donos da verdade e do saber, para quem todos
os que estão fora são "essa gente!, ou são "nativos inferiores"?

Cono posso dialogar, se parto de que a pronúncia do mundo
é tarefa de homens seletos e que a presença das massas na
história é sinal de sua deteriorização que devo evitar?

Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que
jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela?

Como posso dialogar se temo a superação e se, só em pensar nela,
sofro e definho?

(...) Se alguém não é capaz de sentir-se e saber-se
tão homem quanto os outros,
é que lhe falta ainda
muito que caminhar, para chegar ao lugar de encontro
com eles.
 Neste lugar de encontro, não há ignorantes absolutos,
nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão, buscam saber mais."

Paulo Freire, 1987

Ensinar é Amar, e Amar é nunca desistir do Outro.

Ontem um menino que brincava me falou:
que o hoje é semente do amanhã.
Para não ter medo que este tempo vai passar.
Não se desespere!
Não,
 nem pare de sonhar.

Nunca se entregue,
Nasça sempre com as manhãs,
Deixa a luz do sol brilhar no céu do teu olhar.
Fé na vida, na gente, fé no que virá,
Nós podemos tudo, nós podemos mais,
Vamos lá fazer o que será...
(Gonzaguinha)

(Na educação, nós professores(as), deveremos sempre lembrar desta sábia letra de música, quando
a insatisfação e o desânimo tentar passar em nossos pensamentos.....)
Nunca nos entregarmos a quem está desanimado por algum motivo.
Pois," Ensinar é Amar, e Amar é nunca desistir do Outro."
                            Marluci Reis

Intérpretes de Sonhos - Rubem Alves

"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com Amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso, os educadores, antes de serem especilistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em Amor:

A pipoca - Rubem Alves

A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas.

Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.

Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A Festa de Babette que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.

As comidas, para mim, são entidades oníricas.

Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.

A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.

Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.

Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé...

A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.

Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.

Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.

Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!

E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

"Morre e transforma-te!" — dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.

Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.

Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perdê-la-á".A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...

"Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".

O texto acima foi extraído do jornal "Correio Popular", de Campinas (SP), onde o escritor mantém coluna bissemanal.

Paulo Freire

“Não existe saber mais ou saber menos. Existem saberes diferentes” 

LENDA INDÍGENA

"Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo.
- Nós nos amamos... E vamos nos casar - disse o jovem, e nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã...Alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos...Que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?
E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte... E trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.
E tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro – deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... E viu eram verdadeiramente formosos exemplares...

- E agora o que faremos? - perguntou o jovem – as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue?
Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem.
- Não! - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... Quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...

O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... A águia e o falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno.
Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.

E o velho disse: Jamais esqueçam o que estão vendo... Este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro...
Se quiserem que o amor entre vocês perdure..."Voem juntos... mas jamais amarrados".

Autor Desconhecido

Escritores imortais.

Escritores imortais.
Verdadeiros artistas literários!

Sonhar, brincar, sempre...

Cecília Meireles

O Menino Azul

O menino quer um burrinho para passear. Um burrinho manso, que não corra nem pule, mas que saiba conversar. O menino quer um burrinho que saiba dizer o nome dos rios, das montanhas, das flores, — de tudo o que aparecer. O menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas com pessoas e bichos e com barquinhos no mar. E os dois sairão pelo mundo que é como um jardim apenas mais largo e talvez mais comprido e que não tenha fim. (Quem souber de um burrinho desses, pode escrever para a Ruas das Casas, Número das Portas, ao Menino Azul que não sabe ler).



O que são as palavras diante do inconfessável que nossos olhos produzem?"

ANA CAROLINA BARBOSA.

Vivendo com humor

PROJETO INTERDISCIPLINAR
CARNAVAL NA ESCOLA
REVIVENDO AS TRADIÇÕES        

Professora Mara Souza (2008).
4º E 5º ANO

O Carnaval é um dos temas mais ricos da cultura popular brasileira.
Tema Central da Semana: Marchinhas de Carnaval.

Objetivos:
Elaborar através da música das marchinhas de carnaval o conhecimento histórico geográfico, a linguagem, os estudos das formas, a simetria, a valorização da cultura, a criatividade, a ética, o talento, a solidariedade e a integração das turmas de forma interdisciplinar.

Conteúdos e Procedimentos:
·         Apresentar a história e as letras das marchinhas que animam o carnaval no Brasil;
·         Promover o concurso da melhor marchinha do colégio;
·         Criar convites para o corpo de jurados: “convidados” para premiar o vencedor do concurso;
·         Trabalhar com a linha do tempo: “A origem do Carnaval e das marchinhas”;
·         Cuidar da saúde no verão durante a folia de carnaval;
·         Trabalhar com imagens carnavalescas de revistas para produção textual;
·         Pesquisar sobre os costumes carnavalescos dos diferentes estados do país explorando o mapa do Brasil e ressaltando as diferentes formas de preparar e festejar o carnaval de cada região; 
·         Confeccionar fantasias e instrumentos com materiais recicláveis para a banda para desenvolver a observação das formas e a simetria;
·         Encerrar o projeto com lanche coletivo e muita festividade.

Recursos:
CD de música, pesquisas ilustradas realizadas pelos alunos (jornais, revistase internet), material reciclável (papelão, caixa de leite, canudo, palito, garrafa pet, tampinha de refrigerante), material escolar individual do aluno (cola, tesoura, régua, hidrocor, lápis, borracha), lanches (petiscos e bebidas), pirulitos e troféu.

Avaliação:
Cooperação, participação e desenvolvimento intelectual e cognitivo.
Projeto Passeio Cultural.
Interculturalidade
Professora Mara Souza (2009).


Você já parou para pensar em como vive um indiozinho?

  Quem mora nas cidades tem mais ou menos a mesma rotina: acorda, vai para escola, volta para casa, almoça, faz os deveres, brinca, janta, dorme... Daí acorda de novo, vai para escola... Pode ser que você estude à tarde, faça inglês, balé, mas apesar das diferenças, não há nada de muito diferente para fazer. E uma criança indígena? Como será que ela vive? Já pensou em conhecer uma aldeia?

   O nosso Colégio, que adora uma novidade, não só pensou nessa possibilidade, como vamos saber como é o dia-a-dia de uma criança indígena e você vai testemunhar este momento visitando a aldeia Guarani Tekoa MBoy-Ty.
   Você descobrirá um monte de coisas e registrará esse Passeio Cultural para trabalharmos em sala de aula através de diversas atividades. Afinal, cultura e informação irrigam e alimentam a educação.


PLANEJAMENTO DE AULA PARA A 1ª E 2ª SEMANA DE ABRIL.
Turmas: 4º e 5º ano.
 

Objetivos: Manifestar através do passeio cultural o conhecimento histórico geográfico, as diferentes formas de linguagem, a valorização da diversidade cultural, a ética, a solidariedade, a integração das turmas de forma interdisciplinar, a visão do nosso planeta como uma comunidade sobressaltando a ecopedagogia que faz parte de uma consciência planetária (gêneros, espécies, reinos, educação formal, informal e não-formal...). Ressaltar uma nova referência ética e social: a civilização planetária em que novas atitudes sejam inseridas: reeducar o olhar, o coração. 

Conteúdos e Procedimentos: 

  • Solicitar que pesquisem (em grupos) a cultura Guarani, Tupi e Temiminó;
  • Produção de um poema com apresentação através de um jogral para homenagear o Grupo Guarani na aldeia;
  • Orientar o comportamento para assistirem na aldeia a palestra realizada pelo cacique Darcy, apresentação do coral Karai Kuery, dança Xondoro e a demonstração da utilização do arco e flecha.
  • Pesquisa de campo sobre o grupo Guarani da Aldeia Tekoa MBoy-Ty em Camboinhas;
  • Confecção e Preenchimento da ficha com coleta de dados do passeio cultural.
  • Relacionar os costumes, a alimentação e o dia-a-dia do povo indígena para exposição em mural.
·         Encerrar o projeto com muita alegria e com a entrega do colar de sementes produzido pelos índios.
Recursos: Exposição do documentário da aldeia Tekoa MBoy-Ty em Camboinhas, CD de música (Guarani) e as pesquisas realizadas pelos alunos (jornais, revistas, internet e pesquisa de campo).

 Avaliação:
·         Respeito – Ao nosso planeta terra, a vida, a espiritualidade e a diversidade cultural.
·         Solidariedade – Através de práticas de apoio, cooperação, comunicação e diálogo.
  • Igualdade - Para a eliminação das desigualdades e a superação de todo tipo de discriminação.
·         Justiça - Afirmar os direitos e deveres da humanidade e toda a sua diversidade.
·         Participação- Fortalecer a democracia, facilitando a autodeterminação ao tomar decisões.
·         Paz e segurança - Com o equilíbrio das relações humanas e também com a natureza.
·         Conservação - Preservação do patrimônio natural, cultural e histórico.             
·         Amor - Como fundamento para uma relação harmoniosa e afetiva.
·         Amadurecimento e desenvolvimento intelectual.  







Visitando a aldeia.

O dia - a - dia na aldeia... Todos acordam bem cedinho quando o sol aparece no céu.

Os índios Guarani têm boas maneiras.  É costume a criança indígena se levantar para dar lugar a uma senhora índia. Quando alguém pede favor a uma criança indígena, mesmo que não seja seu filho, elas obedecem.

O cacique, apesar de ser maior representante da tribo, sempre pede opinião ao conselho (pessoas que decidem) e se submete à decisão coletiva (de todos). Isso é bem democrático. Que legal, não é mesmo?

E como outros índios de outras tribos, eles vivem em comunidade. Partilham o que ganham e produzem coletivamente, ajudando a todos.
Preservam o meio ambiente, sabem explicar muito bem o significado da palavra extinção que é quando os animais e plantas desaparecem para sempre, não só pela destruição das florestas, como também pela caça indiscriminada. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente cuida do nosso planeta com consciência e retira dele somente o necessário para a sua sobrevivência.

Na aldeia de Camboinhas, existem muitas tarefas, tais como: fazem a comida, os artesanatos, cuidam das crianças, pescam, ensaiam o coral, a dança, estudam e diariamente reúnem-se às 18h na casa de reza para orações.
Ficha Técnica


·         Nome da aldeia Guarani de Camboinhas: ________________________________________

·         Número de habitantes (adultos e crianças):___________________________ ___________

·         Quantidades de moradias: ____________________________________________________

·         Do que são construídas as moradias: ___________________________________________

·         Nome do pajé: _____________________________________________________________

·         Nome do cacique: ___________________________________________________________

·         Nome do coral indígena:______________________________________________________

·         Língua falada: ______________________________________________________________

·         Tipos de artesanatos: ________________________________________________________

·         Rituais indígenas: ___________________________________________________________

·         Principais contribuições para o meio ambiente: ____________________________________
 ________________________________________________________________________________________________________________